Olha, eu já rodei muito por este mundo, mas confesso que ainda não encontrei lugar tão completo quanto a Chapada Diamantina. Sou apaixonada pelas paisagens da região, as quais estão entre as mais bonitas do Brasil na minha opinião. E ainda mais pela energia única deste lugar, que é capaz de fazer qualquer viagem uma experiência de vida transformadora!
Minha fascinação pela Chapada Diamantina é tanta que já retornei diversas vezes para desbravar suas melhores trilhas, cidades e atrações. E neste post vou dividir com vocês algumas dicas preciosas que acumulei ao longo dos anos.
A seguir você vai encontrar informações completas e atualizadas (2022!) sobre como chegar, o que fazer, onde ficar e o que comer na Chapada Diamantina. Para facilitar a navegação no guia, sugiro que utilize o índice abaixo:
- Como é a Chapada Diamantina
- Quando ir para a Chapada Diamantina
- Como chegar na Chapada Diamantina
- Quanto tempo ficar na Chapada Diamantina
- Onde ficar na Chapada Diamantina
- O que fazer na Chapada Diamantina
- Preciso de guia na Chapada Diamatina?
- O que levar para a Chapada Diamantina
- Dinheiro e formas de pagamento
Como é a Chapada Diamantina
A Chapada Diamantina é um Parque Nacional com cerca de 1.500 km² extensão e repleto de cachoeiras, poços, grutas e belezas naturais. Dos seus 24 municípios, 6 ostentam uma infra-estrutura turística mais desenvolvida: Lençóis, Vale do Capão, Mucugê, Ibicoara, Igatu. E é neles que você deve focar se estiver planejando a sua primeira viagem para lá.
Falei sobre as melhores opções de roteiros na Chapada Diamantina aqui. Vale a pena conferir o post, está bem completo e atualizado! 🙂
O parque representa um destino perfeito para quem se interessa por ecoturismo e aventuras e oferece aos visitantes diversas opções de trekking e experiências de imersão na natureza. Mas não é só isso, a Chapada Diamantina tem uma energia mística bem peculiar e lá se pode participar de diversas terapias e experiências holísticas.
É um lugar que emana harmonia e bem estar e nos faz lembrar que a felicidade está nas coisas mais simples da vida. E bem recebe aqueles que querem desligar-se do mundo frenético e caótico que vivemos para desfrutar de dias sem preocupações em contato com o que realmente importa: o momento presente!
É nas suas trilhas ou nas águas de suas cachoeiras refrescantes que a mágica acontece. Em meio à natureza viva e pulsante, se pode observar como tudo funciona em perfeita harmonia. E se pode embarcar numa viagem interna de conexão com a natureza e sabedorias ancestrais.
A Chapada Diamantina é um delicioso emaranhado de atrações naturais, vilarejos autênticos e experiências de vida. Tem de tudo um pouco e por isso atrai uma variada gama de visitantes, de casais à grupos de amigos ou famílias. É, sem dúvidas, um destino recomendado para todos aqueles que querem conhecer o lado da Bahia que vai além de paraísos tropicais como Boipeba e Morro de São Paulo!
Convencido a visitar a Chapada Diamantina? Vamos então às dicas práticas deste destino incrível!
Quando ir para a Chapada Diamantina
A estação seca, que se estende entre os meses de Abril e Outubro, é a melhor época para ir à Chapada Diamantina. No entanto, o parque pode ser visitado em todas as estações do ano, tendo em vista que cada uma delas apresenta peculiaridades próprias e atividades mais indicadas.
Neste post falei em detalhe sobre a melhor época para visitar a Chapada Diamantina, vale a pena ler com calma!
Eu já visitei a Chapada em meses diferentes e somente tive problemas em Dezembro, quando as chuvas foram realmente intensas e interditaram diversas atrações. Por isso, recomendaria evitar este mês, assim como a segunda quinzena de Novembro.
Todos os outros meses são aconselhados, sendo que de Março a Abril vai encontrar a Chapada bem verdinha como decorrência das chuvas e entre Maio a Outubro vai contar com dias ensolarados e boa visibilidade nos poços.
Como chegar na Chapada Diamantina
A Chapada Diamantina está localizada no interior da Bahia, a cerca de 450 km de Salvador. Pode ser acessada de diversos lugares no Brasil, mas a capital baiana acaba sendo a origem mais comum e conveniente para a viagem.
Saindo de Salvador, é possível chegar na Chapada Diamantina de ônibus, carro e avião. Sendo que a forma mais indicada para quem quer explorar a região com praticidade e independência é viajar de carro. Aqui você pode fazer a cotação do aluguel saindo de Salvador com as melhores locadoras do mercado!
Com um carro à sua disposição será possível fazer os trajeto de ida e volta para Salvador no seu tempo. Também poderá explorar as principais atrações da Chapada num roteiro totalmente customizado para seus interesses. Isso sem falar na possibilidade de economizar, já que o aluguel do veículo + combustível acaba tendo valores mais em conta do que os passeios com agências + ida e volta de ônibus ou avião!
Se optar pelo aluguel de carro, atente-se nas dicas a seguir.
De carro
Os valores referentes ao aluguel de veículos são mais em conta em Salvador do que em Lençóis, onde fica a única locadora da Chapada Diamantina. Sendo assim, o custo-benefício de alugar na capital e dirigir até o parque por cerca de 7 horas será muito melhor do que alugar um veículo por lá. Por outro lado, se custos não forem uma preocupação para você, uma ótima pedida seria voar até Lençóis em cerca de 40 minutos e lá alugar um carro para fazer o roteiro na Chapada Diamantina!
Se for sair de Salvador de carro, vale saber que há dois caminhos possíveis para chegar na Chapada Diamantina. Eu particularmente indico o que passa pela BR 324 com sentido à cidade de Feira de Santana e depois por Ipirá e Itaberaba. No caminho, recomendo uma parada no posto Santa Helena em Itaberaba, já que o local tem uma excelente estrutura e serve comida bem gostosa.
As estradas de Salvador até Itaberaba são bem tranquilas, embora tenham um certo movimento de caminhões. Já entre Itaberaba e Lençóis, na BR 242, a situação muda. Espere encontrar pistas únicas, intenso movimento de caminhões e muitos buracos na extensão desta estrada. Então certifique-se de dirigir com o máximo de atenção possível e evitar ultrapassagens perigosas. Os buracos são muitos e profundos e qualquer deslize pode causar uma dor de cabeça absurda!
Recomendo sair Salvador o mais cedo possível para evitar tráfego intenso na BR 242. Se puder sair antes das 7 da manhã, melhor, pois assim vai dirigir mais tranquilo e ainda conseguir aproveitar alguma atração no primeiro dia. Estime pelo menos 6,5 horas de estrada entre Salvador e Lençois.
A entrada para esta cidade fica no lado esquerdo de quem vem de Salvador e de lá se deve percorrer mais 12km até o centro. Se o seu destino for o Vale do Capão, Continue na BR 242 até Palmeiras e de lá pegue o caminho que leva à “Caeté Açu”. Se estiver indo para Igatu, Mucugê ou Ibicoara fique atento ao fato de que a entrada para BA 142 fica antes da entrada para Lençóis.
Já fiz a viagem Salvador – Chapada Diamantina e o roteiro no parque com o Novo Palio e com o Up da Wolskwagen. Nunca tive problemas, masconfesso que dirigir um Duster da última vez fez uma grande diferença em termos de conforto e segurança nas estradas!
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De ônibus
Os ônibus partem da Rodoviária de Salvador e levam em torno de 7 horas para chegar em Lençóis. A Real Expresso e a Rápido Federal te levam até Lençóis e Palmeiras e a Águia Branca te leva até Andaraí, Mucugê e Ibicoara. Há pelo menos dois horários por dia, mas eu recomendo pegar um assento semi-leito e fazer a viagem noturna para otimizar a sua estadia na Chapada Diamantina.
De avião
Voar de Salvador até Lençóis pode ser uma excelente opção. Afinal de contas, a viagem se reduz para meros 45 minutos ao invés das 7 horas de estrada para quem vai de carro ou ônibus. Mas, é claro que com a comodidade vem o custo mais alto, sendo que passagem de avião vai te custar cerca de R$ 1000.
Porém, é bom saber que a depender da época dá para encontrar boas tarifas e até mesmo promoções a menos de R$ 500. Por isso, vale a pena ficar de olho no site, pois pode ser que compense voar até lá ao invés de fazer o percurso de carro ou ônibus!
Os voos da Azul são operados nas quintas e domingos e chegam no Aeroporto Horácio de Matos que fica a 20km de Lençóis. De lá é possível pegar um táxi ou contratar um transfer pra fazer a viagem até o centro da cidade!
Quanto tempo ficar na Chapada Diamantina
É difícil visitar tantas atrações, grutas, trilhas, cachoeiras e vilarejos pitorescos em uma viagem só. Por isso, ao planejar uma primeira viagem para lá, recomendo ficar entre 7 a 12 dias e escolher 2 ou 3 bases no máximo. Assim, poderá conhecer os destaques da região fazendo viagens e trilhas nos arredores. E se se apaixonar como eu, poderá sempre voltar para explorar mais a fundo!
Se tiver 5 a 7 dias de viagem, recomendo fazer base em 2 vilarejos. Mas, se tiver apenas 5 dias, a pedida é escolher um vilarejo, sendo que Lençóis costuma ser o mais indicado. De lá é possível visitar diversas atrações, inclusive a Cachoira da Fumaça, Morro do Pai Inácio, Pratinha e os Poços. O Vale do Capão é o meu vilarejo queridinho e o indico a todos que quiserem viver dias tranquilos e fazer trilhas menos populares redondezas, sem se importar de abrir mão da comodidade de Lençóis.
Menos que 5 dias na Chapada Diamantina acho complicado, pois a logística de chegar e sair vai acabar consumindo muito do seu tempo. Neste post aqui falei sobre ideias de roteiros na Chapada Diamantina. Vale a pena conferir, pois está bem completo e atualizado!
Onde ficar na Chapada Diamantina
A escolha de onde montar base na Chapada Diamantina é uma das mais importantes de todo o planejamento de viagem. Isso porque, o parque é bastante extenso e fazer atividades distantes entre si acaba ficando muito cansativo e com logística complicada. Portanto, a recomendação é escolher bases que estejam alinhadas (ou próximas) com as experiências que quer viver e passeios que quer fazer.
E para facilitar a sua escolha, fiz um resumo dos locais para ficar mais atrativos da região da Chapada Diamantina. Vamos lá?
:: Lençóis é considerada a capital da Chapada Diamantina, já que representa a cidade com maior estrutura turística. Lá você poderá desfrutar de uma vila repleta de restaurantes e lojinhas, assim como uma ampla oferta de hospedagens para todos os bolsos e gostos. É de lá que saem vários passeios bem famosos na região, como o Morro do Pai Inácio, Cachoeira do Mosquito e Pratinha por exemplo. É sem dúvidas uma das melhores bases na região e por isso acba sendo a escolha da maioria dos viajantes.
Leia mais sobre Lençóis aqui, incluindo dicas de onde ficar, onde comer e muitas fotos lindas!
:: O Vale do Capão é meu lugar predileto na Chapada Diamantina. Além de estar perto de várias atrações belíssimas como a Cachoeira da Fumaça, Riachinho e Morrão, a vila do Capão representa uma atração por si só. Por lá se pode experienciar um lado da Chapada mais autêntico alternativo. Isso tudo sem abrir mão de restaurantes bacanas, uma agenda cultural interessante e hospedagens com propostas diferenciadas.
Leia sobre o Vale do Capão aqui, com dicar do que fazer, onde ficar, restaurantes e mais!
:: Igatu é um destino histórico e super charmoso no parque, onde indico passar algumas noites. Espere encontrar um vilarejo todo baseado em pedras, com vistas belíssimas e uma atmosfera super pacata e autêntica. Nos arredores, você pode visitar Mucugê, os Poços Azul e Encantado, além de várias cachoeiras belíssimas.
:: Ibicoara é o destino base para quem quer visitar a Cachoeira do Buracão ou Fumacinha. A cidade tem infraestrutura bem simples, mas quebra o galho de quem tem a intenção de visitar as atrações dos seus arredores. Duas noites são suficientes para explorar as atrações mais importantes da região.
:: Andaraí é também uma das bases mais procuradas da Chapada, já que representa a base mais conveniente para visitar o Poço Azul e o Poço Encantado, assim como grutas. Tem estrutura simples, mas serve de base para uma noite no roteiro de exploração da Chapada Diamantina.
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O que fazer na Chapada Diamantina
Há muito o que ver e fazer na Chapada Diamantina, mas em minha opinião, as atrações a seguir são as mais imperdíveis:
1. Visitar Lençóis
A história de Lençóis está intimamente relacionada com a do garimpo. Ela foi uma das cidades mais importantes na rota dos diamantes e por isso acabou se desenvolvendo mais do que as outras na região. Atualmente, representa o polo turístico da Chapada Diamantina e oferece diversas comodidades aos viajantes. Como por exemplo, uma enorme variedade de restaurantes, atrações naturais próximas e uma ampla gama de hotéis e pousadas para escolher.
Separe pelo menos uma tarde para explorar o vilarejo de Lençóis e visite algumas das atrações mais populares da Chapada Diamantina no resto do tempo. As trilhas mais procuradas são para o Rio Serrano, o Poço Halley, Cachoeirinha e Cachoeira da Primavera e o Salão de Areias Coloridas. A Cachoeira do Sossego é muito linda, mas requer uma caminhada um pouco mais longa.
Saindo de lá você pode visitar o Morro do Pai Inácio, a Cachoeira do Mosquito, a Pratinha e muito mais.
Leia aqui o post completo sobre Lençóis com dicas do que fazer, onde ficar, onde comer e muito mais
2. Cachoeira do Mosquito
A Cachoeira do Mosquito é uma das mais bonitas e imponentes da Chapada Diamantina. E super fácil chegar na queda d’água principal, sendo possível dirigir até um certo ponto da estrada e depois percorrer uma trilha de cerca de 20 minutos. Não deixe de visitar o mirante antes de descer para a cachoeira!
Vale muito a pena separar uma manhã ou tarde para aproveitar este lugar belíssimo e bem perto de Lençóis. Como a cachoeira está situada em propriedade particular é necessário pagar uma taxa de entrada de R$ 30 por adulto. Pagamentos devem ser feito em espécie.
3. Pratinha
A Pratinha talvez seja o lugar mais paradisíaco da Chapada Dimantina e não pode ficar de fora do seu roteiro pela região. As águas claras lagoa contratam com as cores da natureza e paredões de pedras circundantes. E fazem deste lugar um verdadeiro oásis em meio à mata Atlântica preservada do parque.
Nos últimos anos o local se tornou bastante popular, então tente chegar relativamente cedo para aproveitar do local com tranquilidade. Vale a pena fazer o passeio por dentro da gruta, assim como nadar nas águas lindas da lagoa. A entrada custa R$ 50 por adulto e os passeios são vendidos como adicionais.
Neste post falei em detalhes sobre a Pratinha e sugiro que dê uma conferida antes de embarcar para a Chapada!
4. Gruta Lapa Doce
A Gruta da Lapa Doce é a maior caverna subterrânea do Brasil e conta com 42 km quadrados de extensão. Na visita se percorre uma pequena parte dessa área, mas ainda assim é possível se ter noção da magnitude deste local. Somente é possível visitar o interior da caverna com um guia e as saídas de grupos são frequentes.
O tour leva cerca de 1 hora e meia e vem repleto de informações sobre geologia e ecologia. Já visitei o local diversas vezes e sempre fico impressionada com a sua magnitude. A visita pode ser combinada com a Pratinha, pois essas atrações ficam próximas entre si. A entrada custa R$ 40 e o pagamento teoricamente pode ser feito por Pix, mas quando fui não estava funcionando.
5. Morro Pai Inácio
O Morro do Pai Inácio é o cartão postal da Chapada Diamantina e uma atração que não pode ficar de fora dos seus planos. Trata-se de um morro com altitude de 1200 acima do nível do mar e que dispõe de uma das vistas mais lindas que já vi na vida. Do topo se pode contemplar as principais formações geológicas do parque, como o Morrão, a Serra do Sincorá, a Serra da Bacia e a Serra da Chapadinha.
Estas formações rochosas são verdadeiras relíquias históricas. Elas foram moldadas pelo processo de erosão provocado pelas correntes marítimas quando a região estava debaixo d’água a milhões de anos atrás. Contemplar a vista 360º no topo do Morro de Pai Inácio é como viajar no tempo!
O nome do morro deve-se a uma lenda existente na região. De acordo com ela, um escravo, chamado Inácio, apaixonou-se pela esposa de um poderoso coronel. Quando um dia ele descobriu o romance, mandou pistoleiros no sua procura. Inácio foi encurralado no alto dessa montanha e, sem ter como escapar, saltou com a sombrinha da amada do topo do Morro do Pai Inácio.
Os capangas acreditaram que ele havia morrido com o impacto da queda, mas a Inácio se escondeu em uma saliência rochosa bem próxima do local do pulo. E quando o local estava livre, fugiu. Reza a lenda que muitos escravos viram Pai Inácio correndo entre os vales para nunca mais voltar. A cruz fixada no topo do Morro do Pai Inácio é uma homenagem ao escravo que deu nome ao local.
Não é necessário a contratação de guias para visitar o local, desde que esteja de carro. O único diferencial do guia seria a narrativa da história sobre a lendo Pai Inácio, mas se você leu o post já sabe a lenda.
O acesso ao Morro do Pai Inácio é muito simples, pela BR 242, a poucos quilômetros de Lençóis. Uma boa ideia é combinar o passeio com a visita à Pratinha e a Gruta da Lapa Doce, em Iraquara. Para saber mais sobre a Pratinha, clique aqui. O pôr do sol no Morro do Pai Inácio é incrível, se puder, tente visitar o morro por volta de 17 horas.
Para chegar lá é necessário percorrer uma estrada de carro em acensão e depois fazer uma trilha curta (mas puxada) de 20 minutos. A entrada custa R$ 12 por adulto e só aceita pagamento em espécie.
6. Vale do Capão
O Capão é o meu destino predileto na Chapada Diamantina e quiçá no mundo. Além de ser a cidade base para visitar atrações imperdíveis como a Fumaça, Morrão e o Vale do Pati, o Capão é um lugar que encanta com a sua energia mística e estilo de vida alternativo. Passar dias por lá são certeza de entrar num ritmo de vida mais relaxado e orgânico. E, por isso, acabo sempre voltando para esse oásis de conexão com a natureza e consigo mesmo!
Sugiro passar no mínimo 3 noites por lá se quiser conhecer bem este local, suas atrações e o seu estilo de vida. Se não tiver essa disponibilidade pode ser uma boa ideia fazer um bate e volta de Lençóis ou passar pelo menos uma noite para conhecer a Cachoeira da Fumaça. Fica a cerca de 60km de Lençóis e pode ser acessado de carro ou de ônibus + van passando por Palmeiras.
Durante a sua estadia, visite a Cachoeira do Riachinho, a Conceição dos Gatos, a Cachoeira da Angélica e Cachoeira da Purificação.
Confira o post completo do Vale do Capão com dicas do que fazer, onde ficar, onde comer e muito mais
7. Cachoeira da Fumaça
A Fumaça tem queda d’água de 340 metros e representa uma das maiores do Brasil. O visual da cachoeira e natureza circundante é absolutamente inesquecível e faz valer a pena a trilha de aproximadamente 2 horas cada trecho. O melhor ponto de saída é o Vale do Capão, mas o passeio também pode ser feito como um bate e volta de Lençóis.
Já fiz esse passeio por conta própria seguindo a sinalização da entrada. Contudo, sugiro que se não tiver muita experiência em trilhas, contrate um guia para te levar com segurança até lá.
8. Águas Claras
A trilha de Águas Claras sai do Vale do Capão, atravessa planícies lindíssimas e chega numa cachoeira com vista para o monte chamado Morrão. É lindíssima, embora não seja das mais comentadas em fóruns turísticos. Acho que vale super a pena fazer se gostar de caminhadas e paisagens naturais encantadoras, mas não se estiver em busca de uma cachoeira grande. É necessário contratar guia e a caminhada vai durar cerca de 3 horas cada trecho.
Falei sobre as melhores atrações do Vale do Capão aqui com dicas bem completas!
9. Vale do Pati
O Vale do Pati não é apenas um passeio, mas sim uma experiência de vida. São pelo menos 3 dias inteiros de trekking com paradas em mirantes, cachoeiras e atrações sensacionais!
O pernoite é feito em casas de locais da comunidade e tudo deve ser acordado com uma agência ou guia de turismo com antecedência. Foi uma das experiências de viagem mais lindas que já tive no Brasil!
10. Igatu
Igatu é uma vila super charmosa e histórica situada numa região repleta de cachoeiras. Por isso, vale a pena incluir pelo menos um pernoite por lá para desbravar as suas ruelas e casas de pedra, assim como visitar cachoeiras belíssimas!
Encontre todas as dicas de Igatu neste post!
11. Mucugê
Mucugê é outra cidade histórica que teve o seu apogeu nos tempos de exploração de diamante na Bahia. Pela sua importância histórica, foi tombada como patrimônio nacional pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e hoje representa uma das mais belas cidades da Chapada Diamantina. em uma infraestrutura turística bem desenvolvida e por isso representa um dos polos da Chapada Diamantina.
De lá é possível visitar o Projeto Sempre Viva ou fazer um bate e volta longo para visitar a Cachoeira do Buracão. O Cemitério Bizantino, é uma das atrações principais de Mucugê e está localizado ao pé de um grande paredão, na beira da BA-142. Ele Abriga uma sequência de lápides brancas, que imitam pequenas igrejas góticas e formam a incrível atração da cidade.
As lápides são do começo do século 19, quando surtos de cólera e varíola atingiram o lugar. Com as epidemias, fez-se necessário um lugar distante da cidade para enterrar os mortos, uma vez que não mais podiam ser enterrado nas igrejas. Então, os habitantes mais ricos resolveram criar um cemitério e encomendar de diversos artistas europeus túmulos que remetessem a Igrejas góticas. Atualmente o local é aberto a visitação.
12. Cachoeira do Buracão
A Cachoeira do Buracão é a mais imponente atração natural que já visitei na Bahia. Tem uma queda queda d’água de 85 metros de altura e é toda circundada por cânions, sendo uma atração perfeita para os amantes da natureza!
Para chegar até a Cachoeira é necessário percorrer um trajeto de uma hora de carro. Se você não estiver com carro deve contratar guia que disponibilize um, e depois percorrer a trilha de aproximadamente uma hora. O caminho na trilha é tranquilo e predominantemente plano, sendo que não há muita dificuldade no percurso. A trilha em si já traz cenários maravilhosos, como a Cachoeira Verde que nasce misteriosamente de um paredão imenso.
Logo adiante os visitantes chegam nos cânions da Cachoeira do Buracão e devem optar por acessar a cachoeira nadando ou atravessar andando nos paredões. Caso opte por nadar, o guia levará os seus pertences e ficará aguardando a chegada para evitar que você perca equipamentos eletrônicos com a correnteza. Por ser a opção mais segura e imensamente mais divertida, decidimos ir nadando! Foi uma experiência única nadar pelos cânions.
Somente é possível chegar lá com guia, portanto certifique-se de fazer a reserva com antecedência. Para encontrar o seu guia entre em contato com as agências oficiais de Ibicoara. Além do guia, é necessário comprar o ingresso no valor de R$ 40,00 que inclui o aluguel do colete salva vidas, item de segurança necessário para conhecer a atração.
13. Cachoeira da Fumacinha
A caminhada até a Fumacinha é longa, mas compensa todos os esforços, pois é uma cachoeira muito bonita. Por ser considerada um trekking técnico, poucos são os que se aventuram por lá, o que torna ainda mais mágica a experiência de quem visita!
14. Poço Azul e Poço Encantado
O Poço Azul é para mim uma das melhores atrações da Chapada. De águas azuis e transparentes, o poço possibilita flutuação e observação da estrutura geológica do local. Não requer muito esforço físico para chegar, por isso e é recomendado para toda a família.
Nas redondezas se pode visitar também o Poço Encantado, que atinge o seu apogeu com a entrada de um feche de luz que ilumina as águas azuis cristalinas da caverna. Falei sobre essas atrações aqui, vale a pena conferir o post!
Preciso de guia na Chapada Diamatina?
Algumas atrações na Chapada Diamantina, como a Cachoeira do Buracão, requerem a contratação de guia. Em outras, o acompanhamento de guia é opcional, sendo que alguns passeios dá para fazer por conta própria e outros são bem complicados. Especialmente se estiver sem carro!
O problema é que a maioria das trilhas na Chapada Diamantina não possuem sinalização e se você não tiver uma certa experiência poderá colocar a sua segurança em risco. Ao decidir fazer os passeios por conta própria, você também poderá deixar algumas informações históricas e geológicas sobre as atrações que visita de fora. Por isso, recomendo contratar um guia para a maioria das trilhas longas na Chapada Diamantina.
Para trilhas mais curtas como da Pratinha, Poço Azul, Poço Encantado e grutas o guia torna-se totalmente dispensável. Pessoalmente, já fiz a trilha da Cachoeira da Fumaça por conta propria, assim como trilhas em Mucugê e Vale do Capão e achei tranquilo. Mas, novamente ressalto a importância de avaliar a sua familiaridade com trilhas e animais silvestres, para evitar contratempos na viagem.
Se optar por contratar guias para explorar as trilhas da Chapada Diamantina, você pode fechar um pacote completo com agências de viagem conhecidas da região. Algumas delas são a Venturas, Freeway, Volta ao Parque, Nas Alturas, Fora da Trilha e Chapada Adventure. Alternativamente, se quiser ter flexibilidade no roteiro e economizar, saiba que será possível contratar guias diretamente nas associações locais ao chegar nos destinos de sua viagem. Fica a seu critério!
A maioria das associações de guias fica no centro dos vilarejos. A melhor dica é passar nestes estabelecimentos de noite e conversar com os guias disponíveis. Priorize encontrar econtrar alguém de conversa agradável, pois vai acabar passando bastante tempo juntos nas trilhas. Os preços costumam ser tabelados, mas há espaço para negociar valores, especialmente e quiser fechar mais de um dia com o mesmo guia!
O que levar para a Chapada Diamantina
A Chapada Diamantina não é um destino para vaidades. Roupas funcionais e práticas são a melhor pedida, sendo que calçados apropriados para caminhadas fazem toda a diferença!
Para as trilhas, recomendo que leve calças leggings ou calças de tecido apropriado para trekkings. As blusas devem ser frescas e de preferência de tecido cuja secagem seja rápida. Uma boa ideia é levar blusas com proteção UV, as quais costumam ser frescas e efetivas na proteção contra o sol.
Para os pés sugiro que leve botas apropriadas para trilhas e, em último caso, um tênis confortável que já tenha sido usado. Os sapatos novos podem causar desconforto e calos nos pés até se adequarem à pisada.
Para a noite, sugiro que levem roupas aquecidas já que todas as cidades da Chapada Diamantina costumam ser frias depois que o sol se põe. Além disso, você vai precisar de:
- Protetor solar com máximo FPS
- Chapéus de trilha
- Óculos de sol
- Mochila de trilha
- Toalha de secagem rápida
- Capa de chuva
- Lanterna
Dinheiro e formas de pagamento
Anos atrás basicamente não havia caixas eletrônicos ou maquininhas de cartão de crédito na Chapada Diamantina. Mas, a situação está bastante diferente em 2022, sendo possível pagar basicamente tudo com cartões de crédito ou Pix nas cidades. Por outro lado, em algumas trilhas e atrações o dinheiro será a única forma de pagamento!
Por isso, recomendo que leve dinheiro vivo para as despesas de entradas e consumo nos passeios. Acredito que será tranquilo se levar 40% do seu orçamento em dinheiro, já que o resto poderá pagar com cartão ou Pix sem problemas. Bancos e/ou caixas eletrônicos podem ser encontrados em Lençóis, Mucugê, Ibicoara e Palmeiras, mas fique atento ao horário de funcionamento pois eles não são 24 horas.
Agora que você já leu as dicas de viagem para a Chapada Diamantina, consulte também outros posts essenciais para sua viagem:
Melhor época para visitar a Chapada Diamantina
Lençóis: dicas de viagem completas
RENE ARAUJO RIBEIRO diz
Oi, acho que você esqueceu de falar de Jacobina, primeira cidade da Chapada Norte, que faz parte da Estrada Real, entre ela e Rio de Contas, ambas cidades muito lindas e importantes dessa bela região.
Lara Nogueira diz
Excelente sugestão, Rene!
Infelizmente, nunca tive a oportunidade de visitar Jacobina, mas quem sabe os leitores não podem se beneficiar com a sua dica!?
Obrigada 🙂