Confesso que não tinha planos concretos de visitar Portugal tão cedo, mas, por acaso do destino (leia-se pandemia e restrições de vôos entre o Brasil e a Europa), acabei programando a viagem de celebração dos meus 30 anos para o país e me apaixonando perdidamente pela terrinha que me fez sentir em casa mesmo em outro continente!
Conheci lugares lindos e tive experiências incríveis durante os 10 dias da roadtrip que fizemos em Portugal, mas sem sombra de dúvidas, os dias que passamos no Vale do Douro foram os mais marcantes da jornada.
Fiquei completamente arrebatada pela a região do Vale do Douro, com suas belíssimas paisagens, sua autenticidade cultural, assim como também com as experiências de hospedagem que tive e a gastronomia (e vinhos) de ponta que degustei por lá!
Olho para trás e reflito no quão equivocada estava por não ter dado ao Vale do Douro uma posição de destaque na minha lista de destino dos sonhos, afinal de contas, a região se revelou como uma das mais lindas que já visitei na Europa (e olha que já rodei muito no velho continente)!
Sem sombra de dúvidas, o Vale do Douro vai muito além do vinho que conferiu fama à região – o vinho do Porto – e recebe os visitantes com uma simpatia sem igual, hotéis super charmosos (alguns com piscinas de borda infitinitas com as mais lindas vistas que se pode imaginar), paisagens de tirar o fôlego e vinhos excelentes de diversas categorias.
É um destino super eclético e agrada diversos perfis de viajantes, dos conhecedores de vinhos e apreciadores de experiências sofisticadas a viajantes mais relaxados que prezam o contato com a natureza e curtir uma vibe mais “local”.
Neste post, vou mostrar pra vocês o melhor das minhas experiências por lá e espero que ao final se sintam inspirados a programar alguns dias para explorar com calma e qualidade esta região belíssima de Portugal.
Tenho certeza que vão se encantar tanto quanto eu! 🙂
:: LEIA TAMBÉM: O post completíssimo sobre a cidade do Porto com dicas de viagem e roteiro
OPINIÕES PESSOAIS SOBRE O DOURO
Gosto de começar os posts com opiniões e impressões pessoais sobre os destinos que escrevo, de modo a estabelecer uma conexão mais orgânica com os leitores antes de mergulhas nas dicas de viagem mais objetivas e úteis.
A seguir, você vai encontrar as minhas mais sinceras opiniões sobre o Vale do Douro e espero que elas te ajudem no planejamento ou inspiração para esta viagem.
Vamos lá? 🙂
O QUE MAIS GOSTEI
Fiquei completamente apaixonada pelas paisagens que circundam todo a extensão Rio Douro, com destaque especial para as paisagens do Douro Vinhateiro, que é a região que se estende entre Mesão Frio/Peso da Régua e Pinhão/Torre de Moncorvo e compreende a maior parte das vinícolas do Douro.
Só de de dirigir pelas estradas que margeiam o rio e se maravilhar com as belezas naturais da região já vale a viagem, mas claro que combinando a experiência com degustações de vinho, estadias em lugares incríveis e refeições deliciosas, a experiência se eleva a outro nível!
O QUE NÃO GOSTEI
Na verdade, não consigo pensar em algo que não tenha gostado em relação ao Vale do Douro, mas diria que não ter estimado bem o tempo de deslocamento entre uma atração e outra (levando em consideração as paradas para apreciar a vista ou até mesmo a necessidade de manter uma velocidade reduzida por conta das curvas) foi um ponto de angústia para mim em alguns momentos.
Falarei mais sobre isso no decorrer do post, mas desde já sugiro que planeje os seus dias no Vale do Douro de forma consciente e não tão ambiciosa, para não acabar se estressando por estar “atrasado” no roteiro.
Lembre-se que o Vale do Douro e tranquilidade são uma ótima combinação!
QUANTO GASTEI
Para essa viagem planejamos um budget mais relaxado, afinal de contas, tratava-se de uma viagem celebratória do meu aniversário de 30 anos e queríamos aproveitar ao máximo as experiências no Vale do Douro.
Mesmo assim, mantivemos o budget diário em cerca de 70-80 euros por pessoa (para refeições, provas de vinho e gasolina), o que não é muito elevado para padrões europeus.
Mas, é bom destacar que dá tranquilamente para fazer um roteiro super incrível no Douro por cerca de 50-60 euros por pessoa e por dia, excluindo acomodação e aluguel de carro, itens sobre os quais falaremos no decorrer do post.
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O QUE EU FARIA DIFERENTE
Certamente planejaria mais dias na região para conseguir explorar o Vale do Douro com calma e visitar todas as vinícolas que tinha interesse.
Falarei em mais detalhes a seguir, mas já adianto que, se você puder, reserve pelo menos 3 dias para o Douro Vinhateiro e quem sabe mais 1 ou 2 dias para explorar as cidades nas imediações ou até mesmo para aproveitar o delicioso Douro41, um hotel maravilhoso nas margens do Rio Douro.
EXPERIÊNCIAS IMPERDÍVEIS
Dirigir com calma pelas estradas do Douro Vinhateiro que margeiam o rio e que contam com as paisagens mais belas que vimos em Portugal. Não deixaria de fora do roteiro o passeio guiado na Quinta das Carvalhas e uma refeição no restaurante Casa da Clara, que conta com pratos deliciosos e uma vista de cair o queixo!
Agora sim vamos às dicas de viagem úteis para te auxiliar no planejamento da sua visita ao Vale do Douro em Portugal.
LEIA TAMBÉM: As nossas sugestões de roteiros de viagem em Portugal, com ideias para 5, 7, 10, 12 e 15 dias.
INTRODUÇÃO AO VALE DO DOURO
O Vale do Douro é a região vinícola mais popular de Portugal e uma das mais conceituadas no mundo todo. E não é a toa, já que a região vem cultivando uma diversidade de uvas e produzindo vinhos de altíssima qualidade há mais de 2.000 anos – tamanha tradição não se encontra aos montes por aí, né?
Ao todo, são 44 mil hectares de videiras plantadas e dezenas de vinícolas espalhadas pela extensão do Douro Vinhateiro, mas, nem só de tradição vinícola vive o Vale do Douro e a região surpreende mesmo pela beleza estonteante das suas paisagens naturais e pelo verde maravilhoso do Rio Douro.
O belíssimo Rio Douro é complementado pelas plantações de videiras que se espalham pelas suas duas margens, formando as paisagens belíssimas que ajudaram a região a conquistar o título de Patrimônio Mundial da Unesco.
Por falar em rio, vale destacar que o Rio Douro nasce na Espanha, percorre a região do Vale do Douro dando vida às vinícolas que estão situadas nas suas margens e finalmente desagua no Atlântico, nas imediações da cidade do Porto em Portugal.
Por se tratar de um rio tão extenso, vale a pena destacar que quando falamos no Vale do Douro no contexto turístico, nos referimos à região do Douro Vinhateiro que se estende da cidade do Mesão Frio/Peso da Régua e Pinhão/Torre de Moncorvo.
Toda a extensão deste trajeto está na estrada N222, que é considerada uma das estradas panorâmicas mais belas do mundo e vale a pena ser percorrida com calma e tempo de qualidade – de preferência por conta própria e com flexibilidade para fazer as paradas que mais te interessam.
É nessa extensão da N222 que a maioria das vinícolas (de vinho de mesa e vinho do porto) estão situadas, assim como a maioria das atrações túristicas, quintas e restaurantes do Douro.
No entanto, não se pode esquecer que há locais de interesse por toda a extensão do Rio Douro, assim como ótimas opções de hospedagem fora do “miolo” do vinhateiro que merecem ser aproveitadas também – exemplo disso é o hotel Douro41 que fica nas margens do rio Douro e oferece uma experiência hoteleira incrível!
Olha, confesso que já visitei regiões vinícolas maravilhosas no mundo, como a Toscana na Itália, a Alsácia na França, o Chile e outras, mas a verdade é que em termos de paisagens naturais, o Douro realmente causou uma impressão e tanto e chego até a arriscar que essa foi o destino vinícola mais lindo que já conheci até hoje!
DICAS DE VIAGEM DO VALE DO DOURO
COMO CHEGAR NO VALE DO DOURO
Como falamos, o Douro Vinhateiro, que representa o miolo turístico do Vale do Douro está situado na estrada N222 entre Mesão Frio/Peso da Régua e Pinhão/Torre de Moncorvo.
A região fica a menos de 2 convenientes horas de viagem de carro saindo do Porto, a maior cidade do norte de Portugal e que geralmente representa porta de entrada ou saída nos roteiros de viagem por Portugal.
Por serem destinos turísticos super populares e próximos, a casadinha Porto e Vale do Douro torna-se quase mandatória para quem visita o país, mesmo que a visita ao Douro seja feita em apenas um dia através de uma excursão bate-volta em grupo ou privada organizada por agências turísticas.
Se esta for a sua preferência (ou única opção por questões de logística de tempo) você pode consultar os valores e detalhes clicando aqui e reservar com condições especial para os nossos leitores.
No entanto, por ser uma estrada extremamente bonita e uma região perfeita para uma road trip relaxada, é comum que se faça a viagem de carro alugado saindo do Porto ou de outras cidades de Portugal.
De Lisboa ao Vale do Douro leva-se cerca de 4 horas, do Porto menos de 2 horas e de Coimbra pouco mais de 3 horas e as estradas são super bem sinalizadas e mantidas.
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Também é possível chegar ao Douro de trem saindo da Estação São Bento, na cidade do Porto, com destino à Régua. Se tiver interesse, você pode consultar os detalhes e horários da linha Porto / Régua – Pocinho clicando aqui.
Chegar no Vale do Douro de barco saindo de Porto (ou trajeto oposto Vale do Douro – Porto) é outra opção disponível aos viajantes e deve ser uma experiência incrível navegar rio abaixo ou acima em um trajeto de paisagens belíssimas. Se tiver interesse em fazer este passeio de barco, pode consultar detalhes e trajetos disponíveis clicando aqui.
Vale salientar que ainda que escolha chegar no Douro de trem ou de barco, é bom saber que o aluguel de um veículo será indispensável para usufruir o que de melhor o Vale do Douro tem para oferecer. E é exatamente sobre isso que falaremos a seguir.
COMO SE LOCOMOVER NO VALE DO DOURO
Ainda que seja possível chegar no Douro de trem ou barco, a melhor opção para chegar e se locomover na região do Vale do Douro será com um carro alugado.
É que a maioria das vinícolas e atrações de interesse turístico estão afastadas entre si na extensão da estrada N222 e ter um carro à disposição para explorar e fazer o roteiro no seu tempo faz toda a diferença em uma viagem do Vale do Douro.
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E é bom saber que estradas de Portugal são super bem sinalizadas e bem cuidadas, especialmente as auto estradas que ligam as maiores cidades do país. Mas, vale a pena ter em mãos um chip de internet ativado para utilizar serviços como o Waze ou Google Maps para se localizar por lá!
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No Vale do Douro, especialmente na N222, que é a estrada panorâmica mais bonita do país, esteja preparado para curvas sinuosas e frequentes, assim como faixas estreitas.
Por isso, indico que programe os roteiros diários com calma e leve o tempo necessário para se deslocar com calma e segurança, fazendo paradas estratégicas no caminho para apreciar as belíssimas vistas da região!
Para chegar e transitar no Vale do Douro com um carro alugado é importante estar atento aos esquemas de pedágios disponíveis em Portugal para evitar multas e problemas rodoviários. Vejamos a seguir:
- Pedágios convencionais que permitem pagamento em espécie ou cartão de crédito nas cabines. Se esta for a sua opção, vai ter que entrar nas filas e efetuar o pagamento toda vez que tiver que cruzar a cabine de pedágio.
- O “Via Verde”, uma espécie de cartão “sem parar” atrelados ao carro e com o qual você pode passar nas cabines de pedágio sem parar para pagar a cada vez. Nesta modalidade, seu itinerário será registrado cada vez que passar nas cabines de pedágio e ao final da viagem você terá que fazer o pagamento total dos pedágios que usou à locadora de carro da sua escolha. A maioria das locadoras cobra uma taxa (cerca de 2 euros) diária para ativar o via verde no veículo e um valor de caução (geralmente 75 euros) que será utilizado para abater o valor que você efetivamente vai utilizar durante sua viagem por Portugal, sendo que o resto será devolvido depois que fizerem os cálculos finais.
- A Portagem funciona mais ou menos como o “Via Verde” com a opção de passar nos pedágios sem parar e pagar a cada vez que utilizar. A diferença com entre o “Via Verde” ativada pela locadora e a portagem é que com esta última você precisará se dirigir a uma agência dos correios a cada 5 dias para efetuar o pagamento das tarifas de pedágio que utilizou nos últimos dias e se não o fizer será cobrado uma multa alta.
A esta altura, acredito que você já tenha concluído que ativar o “Via Verde” no momento da locação do veículo é a alternativa que faz mais sentido para uma road-trip em Portugal, pois garante aos viajantes a possibilidade de passar nos pedágios sem pegar fila e ter todo o trâmite de pagamento administrado pela locadora de carro, sem preocupações adicionais nas férias.
Portanto, independente da empresa de aluguel da sua escolha, certifique-se de pedir a ativação do “Via Verde” no momento da retirada do veículo e garanta uma road-trip sem estresse ou delongas desnecessárias.
MELHOR ÉPOCA PARA VISITAR O VALE DO DOURO
A melhor época para visitar o Vale do Douro é entre Abril e Outubro, nos melhores meses da primavera e Verão europeu até o início do outono no velho continente.
Entre Abril a Agosto você vai encontrar o Vale do Douro em todo o seu potencial, com as parreiras desenvolvendo as uvas que darão origem aos vinhos de mesa e do Porto que são típicos da região.
Nestes meses, as paisagens estão super verdinhas e os dias são longos e quentes, perfeitos para passeios ao ar livre nas vinícolas, almoços em restaurantes abertos e para curtir momentos gostosos na piscina do seu hotel. Um sonho de viagem!
A colheita das uvas ocorre entre Agosto e início de Outubro e se tiver interesse você pode participar de algumas atividades relacionadas à vidima (época da colheita no Douro).
No entanto, vale destacar que os meses de Julho e Agosto são bem quentes no Douro, então se tiver planejando a viagem para este período, sugiro que reserve um hotel com piscina e que faça paradas estratégicas para refrescar durante os dias!
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De meados de Outubro a final de Março o Vale do Douro fica mais seco e a temperatura desce bastante, mas ainda assim é possível aproveitar a experiência por lá e desfrutar dos deliciosos vinhos e da gastronomia da região!
QUANTOS DIAS FICAR NO VALE DO DOURO
O melhor do Douro está em dirigir pelas estradas apreciando as belíssimas paisagens com calma, fazer paradas longas e contemplativas em vinícolas e restaurantes, se hospedar em uma das charmosas Quintas e passar momentos relaxantes por lá (e quem sabe até fazer um piquenique pareado com os vinhos da região no pôr do sol)!
E para aproveitar tudo isso, é preciso que se invista um tempo de qualidade no Vale do Douro, sendo que 3 dias são recomendados, 2 dias podem ser corridos (mas possível) e 4 dias um tempo super confortável para explorar a região com qualidade.
Passamos 2 dias por lá e achei que não foi o suficiente para conhecer todas as vinícolas que queria e me deixar levar pela atmosfera relaxada da região. Se você tiver a disponibilidade, vai por mim e programe pelo menos 3 dias para explorar o Vale do Douro no seu tempo – garanto que não vai se arrepender 🙂
Para os que não tem condições ou não querem dedicar mais dias ao Vale do Douro, é bom saber que não faltam opções de passeios bate-volta saindo do Porto com direito à degustação de vinhos em uma ou duas vinícolas e um breve passeio de barco no Rio Douro.
Se esta for a sua preferência (ou única opção por questões de logística de tempo) você pode consultar os valores e detalhes clicando aqui e reservar com condições especial para os nossos leitores.
No entanto, repito que a minha sincera opinião é que os passeios bate-volta acabam sendo muito corridos, cansativos e não conseguem captar o que há melhor no Douro. Por isso, somente indicaria esta opção para os viajantes que não tem mesmo como reservar mais tempo do roteiro para esta região e para todos os outros indicaria passar um tempo de qualidade neste destino maravilhoso!
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ONDE FICAR NO VALE DO DOURO
Me surpreendi bastante com as opções de hospedagem no Vale do Douro, as quais variam entre aconchegantes Airbnbs, charmosas Quintas e luxuosos hotéis como o Douro 41 e o Six Senses Douro Valley.
Há opções para todos os orçamentos e perfis de viajantes espalhados pelo Vale do Douro, portanto, o mais importante é focar na decisão do seu roteiro pelo Vale do Douro e então escolher as bases de hospedagem que se adequam aos seus planos de viagem.
De maneira geral, uma boa pedida é escolher duas bases para um roteiro de 3 a 5 dias no Vale do Douro e dividir o foco dos dias entre as vinícolas e atrações próximas da acomodação para evitar longos e desgastantes deslocamentos.
As imediações de Peso da Régua (início do vinhateiro),Lamego (meio do vinhateiro, mais ao sul) e Pinhão (final do vinhateiro) tem ótimas opções de hospedagem e são bases super práticas para um roteiro de vinícolas e mirantes perfeitos no Douro.
Mas, atenção, sugiro que usem estas cidades como referências geográficas e priorizem hospedagens fora das áreas urbanas e mais próximas das áreas rurais do Douro para ter uma experiência mais autêntica e charmosa. Vejamos a seguir quais são as melhores opções de hospedagem por lá:
MELHORES HOSPEDAGENS PRÓXIMAS DO PESO DA ÉGUA E MESÃO FRIO
LEIA TAMBÉM: A review completa do hotel Douro41
MELHORES HOSPEDAGENS PRÓXIMAS DE LAMEGO
MELHORES HOSPEDAGENS PRÓXIMAS DE PINHÃO
Você também pode encontrar diversas opções maravilhosas de hospedagem no Airbnb, que dispõe de casas ou apartamentos privativos ou até mesmo pousadinhas familiares super aconchegantes.
Neste post você vai encontrar todas as dicas de como encontrar os melhores Airbnbs e se hospedar com segurança nas suas viagens mundo afora!
ONDE COMER NO VALE DO DOURO
Quem chega ao Vale do Douro tem altas expectativas em relação à gastronomia e vinhos que podem ser aproveitados na região. Afinal de contas, trata-se de uma das regiões mais populares para enogastronomia no mundo!
E sendo bem sincera, é difícil não sair e lá com as expectativas superadas, tamanha a oferta de prova de vinhos (vide descrição de vinícolas abaixo) e de restaurantes deliciosos na extensão do Douro Vinhateiro.
Alguns são mais sofisticados, como o DOC (com estrela Michelin e menus com valores iniciando em 100 euros por pessoa), o Casa da Clara na Quinta de La Rosa em Pinhão (com menus mais acessíveis em torno de 30 euros por prato e uma vista de tirar o fôlego) e o Restaurante Vale de Abraão no hotel Six Senses (com menu a la carte com pratos em torno de 40 euros).
Outros são mais simples, mas não menos deliciosos, como por exemplo o Castas e Pratos localizado em Peso da Régua, o The River Restaurant, o Gato Preto, a Tasca da Quinta, o Cacho d’Oiro, o Restaurante S. Leonardo, o Casa de Pasto Chaxoila.
Uma experiência que não pode faltar para quem visita o Vale do Douro é fazer pelo menos uma refeição com calma em uma das quintas da região. As mais tradicionais em termos gastronômicos são:
A Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo com o seu restaurante Conceitus, a Quinta do Crasto, a Quinta do Bomfim e a Quinta da Pacheca. O menu degustação nestas quintas custa cerca de 50 euros e pode ser pareada com os vinhos produzidos no local.
Para conseguir mesa nestas quintas, é necessário fazer reserva com bastante antecedência – sugiro que faça a sua reserva com pelo menos um mês de antecedência!
LEIA TAMBÉM: As nossas sugestões de roteiros de viagem em Portugal, com ideias para 5, 7, 10, 12 e 15 dias.
MELHORES VINÍCOLAS NO VALE DO DOURO
Apesar de o Vale do Douro ser e oferecer muito mais do que os seus vinhos, não dá para negar que suas vinícolas e provas de vinhos harmonizadas são as atrações principais de qualquer viagem para a região.
Por isso, certifique-se de adicionar visitas à algumas vinícolas em seu roteiro pelo Vale do Douro para provar não só o vinho do Porto (o qual popularizou a região do Douro), como também os deliciosos vinhos de mesa produzidos por lá.
São diversas opções de vinhos tintos, brancos e até mesmo rosés a serem apreciados no Vale do Douro, além do vinho do Porto e vale saber de antemão que as uvas mais tradicionais do Vale do Douro são a Touriga Nacional, a Touriga Franca e a Tinta Roriz.
Uma pergunta recorrente aqui no blog e no Instagram é se “vale a pena visitar mais de uma vinícola, já que é tudo mais ou menos a mesma coisa?”. A resposta é sim, sem sombras de dúvidas, vale a pena visitar a maior quantidade de vinícolas que puder, mesmo que não faça a visita guiada e a degustação completa.
É que cada uma delas tem processos diferenciados de produção e maturação de vinho, combinações de uvas diferentes e vistas também distintas, sendo que cada uma é especial à sua maneira. Por isso, vale a pena tentar encaixar algumas visitas à vinícolas no seu roteiro pelo Douro!
No mapa interativo abaixo marcamos as vinícolas mais populares e agrupamo-las por proximidade / margem do rio.
Você vai encontrar mais dicas de como combinar as vinícolas em um dia no tópico a seguir, mas já pode ir escolhendo as suas favoritas de acordo com as descrições abaixo:
Quinta das Carvalhas
Além de super tradicional (foi a primeira vinícola do Douro, fundada em 1759), esta quinta tem uma vista lindíssima do Vale do Douro e visitas guiadas super interessantes. É possível fazer o tour particular com apenas 4 pessoas na caminhonete ou tours em grupos com micro ônibus abertos que possibilitam a vista das paisagens e das plantações de vinhas.
Reservamos o tour em grupo, mas para a nossa surpresa fomos os únicos visitantes deste horário e acabamos recebendo uma visita particular à propriedade seguida da degustação dos vinhos próprios da Real Companhia Velha. Difícil colocar em palavras a beleza desta vinícola e de suas paisagens, é um passeio que não pode faltar no seu roteiro!
Quinta da Pacheca
A Quinta da Pacheca é uma das mais visitadas e tradicionaos vinícolas no Vale do Douro e representa uma das primeiras vinícolas a engarrafar vinhos de marca própria no mundo. Por lá é possível fazer visita guiadas e degustações, inclusive podendo combinar a visita com um almoço no restaurante The Wine House. As vistas por lá são lindíssimas e vale considerar a estadia em uma dos quartos construídos em barris gigantes de vinho!
Quinta do Pôpa
Embora nova (foi fundada nos anos 2000), esta quinta oferece uma experiência super autêntica, vinhos deliciosos e vistas incríveis do Rio Douro e suas margens. Clicando aqui você pode descobrir a história super interessante da vinícola e da família que a administra. Trata-se de uma vinícola jovem, criativa e que oferece vinhos excelentes acompanhados de um piquenique delicioso!
Quinta do Seixo
A Quinta do Seixo é uma das mais visitadas no Vale do Douro, pois é a vinícola fabricante de um dos mais famosos vinhos do Porto, o Sandeman. Vale a pena fazer uma das opções de visita guiada na vinícola nos mais de 100 hectares da propriedade, mas se não conseguir encaixar a programação no seu roteiro, vale a pena passar lá para fazer a degustação dos seus vinhos do Porto e de mesa. Só pela vista que se tem da sala de degustação já vale a parada, mas os vinhos também surpreendem pela diversidade e qualidade!
Quinta do Tedo
Essa é uma vinícola especial pois está situada na união entre o Rio Douro e o Rio Tedo. De porte pequeno comparada com as outras mais populares do Douro, esta vinícola surpreende com suas paisagens e vinhos de altíssima qualidade. É possível visitar para tours guiados ou para prova de vinhos apenas, fica a seu critério!
Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo
Esta quinta é super bem recomendada não só pela prova de vinhos e visita guiada que oferece, mas também pelo almoço delicioso que serve por cerca de 50 euros por pessoa. Tem localização privilegiada e vista maravilhosa para o Rio Douro e suas margens, portanto, está sempre movimentada. Se quiser visitar a Quinta e principalmente se quiser almoçar por lá, vale a pena reservar com antecedência.
Vale destacar que a quinta também oferece outras atrações como passeios de barco no Douro, caminhadas nas plantações, um dia de enólogo com treinamentos especiais para amantes de vinhos e mais. Sem dúvidas, uma quinta que não pode ficar de fora do roteiro!
Quinta do Bonfim
Esta quinta está localizada em Pinhão, nas margens do Rio Douro, e oferece diversas opções de degustações, visitas guiadas e até mesmo piquenique. Você pode consultar os valores das visitas aqui e mesmo que não tenha interesse em fazer a visita guiada pode passar lá para degustar taças de vinhos no bar apreciando a vista belíssima do local.
Quinta do Vallado
Esta quinta, que também funciona como hotel, está mais afastada do rio (sem vista para o Rio Douro e suas margens), mas mesmo assim vale a pena passar para provar dos vinhos produzidos por lá se tiver um tempinho de sobra, afinal de contas trata-se de uma quinta super tradicional fundada em nada mais nada menos que 1716.
Quinta do Crasto
Esta quinta está localizada entre Régua e Pinhão e possui cerca de 135 hectares de área total, sendo que 74 deles são de plantações de vinha. É uma das vinícolas mais visitadas do Vale do Douro e conta com vistas lindas, coroada com uma piscina de borda infinita da propriedade. A propriedade oferece refeições, visitas guiadas e degustações incríveis e você pode conferir os detalhes clicando aqui.
Além das vinícolas listadas acima, há diversas outras espalhadas pelo Vale do Douro. Vale a pena considerar a Quinta Seara D’orden, a Calém Cellars, a Croft Port House, a Quinta Nova e a Casa Ferreirinha Wines.
Vejamos agora quais são as atrações do Vale do Douro além das vinícolas e logo em seguida, falarei sobre opções de roteiros pela região.
O QUE FAZER NO VALE DO DOURO
Se você chegou a este ponto do post, sabe que visitar as vinícolas do Vale do Douro talvez seja a atividade mais popular a se fazer pela região e que não dá para sair de lá sem ter visitado pelo menos uma.
No entanto, o Vale do Douro não se limita às suas vinícolas e oferece também outros atrativos incríveis aos seus visitantes. E se você quer complementar o seu roteiro com atividades diferentes, vai encontrar as melhores dicas a seguir:
Passeio de trem histórico no Douro
Embora este passeio seja pouco divulgado por blogs de viagem, é certamente um dos mais charmosos e tradicionais do Vale do Douro e merece ser considerado no planejamento do seu roteiro de viagem (se sua viagem estiver programada entre Junho e Outubro, pois o trem só opera nestes meses).
Trata-se de uma viagem de trem margeando o Rio Douro e feita em um trem histórico que vai de Régua ao Tua, passando por Pinhão e Pocinho, que são paradas dos barcos rabelos também.
Essa viagem de trem pode ser feita como uma atividade de um dia inteiro Régua – Tua / Tua – Régua ou combinada com o passeio de barco como fez a Fabi do blog Viagens e Vivências.
Passeio de barco no Vale do Douro
Se teve um passeio que fiquei morrendo de vontade de ter feito, mas infelizmente não consegui encaixar no roteiro, foi a viagem de barco tradicional (Rabelo) no Vale do Douro.
Mesmo não tendo feito este passeio, sugiro imensamente que não perca este atrativo da região e programe pelo menos algumas horas de um dia para este propósito, pois esta é uma das experiências mais incríveis a se fazer no Douro.
A viagem no barco rabelo dá aos viajantes a oportunidade de apreciar ângulos diferentes do Vale do Douro e das suas duas margens cobertas de vinhedos a perder de vista. E para além da beleza da paisagem, vale destacar a carga histórica do passeio, já que este modelo de barco foi usado para transportar os vinhos do Porto entre o Douro e a cidade do Porto por vários séculos!
Você pode pegar o barco no cais de Peso da Régua ou de Pinhão e terá várias opções de roteiros para escolher. A mais tradicional é a viagem rio acima entre Régua e Pinhão com percurso só de ida, mas você também pode optar por roteiros mais curtos de cerca de uma hora e com trajetos ida e volta saindo de Pinhão com destino à Romaneira ou ao Tua / saindo da Régua com destino a Pocinho ou Barca D’Alva.
Nos sites da Cruzeiro Douro, Magnífico Douro e Barcadouro) você vai encontrar todos os roteiros disponíveis, assim como valores, horários e outros detalhes.
Falei sobre a possibilidade de chegar no Douro saindo de Porto de barco e, por isso, vale a pena destacar que estas empresas acima fazem este trajeto em um roteiro bate-volta interessante. Opção ainda mais interessante seria chegar no Douro de barco, alugar um carro por lá e passar alguns dias explorando a região e voltar pra Porto de barco no mesmo trajeto.
Museu do Douro
O Museu do Douro está localizado no centro de Peso da Régua, no início do roteiro do Douro Vinhateiro, e conta a história da região vinícola mais importante de Portugal com maestria.
Vale a pena passa lá para obter informações históricas e entender um pouco mais sobre os tipos de uva e produção de vinho da região. A entrada custa 6 euros por pessoa e no museu você vai encontrar um restaurante, bar de vinhos, um café e um terraço com vista para o rio.
Miradouros no Vale do Douro
Há diversos miradouros com vistas maravilhosas espalhadas pela extensão do Rio Douro, representando paradas obrigatórias para quem faz road trips na região.
Os mais populares são: Miradouro São Leonardo de Galafura, Miradouro Casal de Loivos, Miradouro do Alto de Vargelas, Miradouro São Salvador do Mundo e o Miradouro de Santo António.
A Carla do Viajar entre Viagens também recomenda a rota dos Miradouros na estrada que liga Carrazeda dos Ansiães às margens do Douro.
Seja como for, certifique-se de reservar tempo de qualidade para o seu roteiro no Douro, pois paisagens maravilhosas a serem apreciadas não vão faltar!
ROTEIROS DE VIAGEM NO VALE DO DOURO
Confesso que prefiro ter mais flexibilidade nos roteiros de viagem enogastronômicos, pois não tem coisa pior do que ter que sair as pressas de um lugar que estou aproveitando (talvez degustando um vinho delicioso com uma vista linda ao meu redor) para chegar no horário em outra atividade com hora marcada.
No entanto, como a maioria das visitas guiadas à vinícolas no Douro exige reserva prévia, saiba que será necessário fazer pelo menos uma programação prévia acompanhada de reservas (o mesmo se aplica aos restaurantes) para aproveitar o melhor que o Douro tem para oferecer.
A minha dica, neste caso, é programar as visitas com bastante tempo entre elas, para não se sentir sempre apressado ou deixar de aproveitar as experiências e as paisagens belíssimas que irá encontrar nos caminhos entre uma vinícola/atração e outra.
E em relação à organização do seu roteiro no Vale do Douro, sugiro que comece verificando o mapa abaixo, com marcação das vinícolas, mirantes e atrações mais populares da região.
Vai notar que elas estão espalhadas pelas duas margens do Rio Douro e, sendo assim, devem ser combinadas de forma estratégica para evitar longos deslocamentos entre uma margem e outra.
:: LEIA TAMBÉM: O post completíssimo sobre Lisboa com dicas de viagem e roteiro
A minha indicação de roteiro pode ser totalmente customizada de acordo com suas preferências e disponibilidade de tempo, mas como base sugiro que:
No primeiro dia
Você pode visitar duas ou três vinícolas marcadas em verde, includindo almoço na Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo ou Quinta do Castro. No caminho, pode parar nos mirantes marcados em roxo no mapa e por final degustar um jantar inesquecível em Pinhão, sugiro a Casa da Clara na Quinta de La Rosa.
No segundo dia
Você pode visitar duas ou três vinícolas marcadas em rosa, sendo que eu não deixaria de fora a Quinta das Carvalhas. Pode fazer o almoço em uma das vinícolas ou em um dos restaurantes (indicados acima). O jantar pode ser em Peso da Régua, em um dos restaurantes magníficos da cidade.
No terceiro dia
Você pode fazer o passeio de barco no Douro (informações acima) e/ou o passeio de trem histórico, visitar o Museu do Douro e depois fazer a visita em uma ou duas vinícolas marcadas de rosa no mapa.
Se tiver dias adicionais
Você pode seguir viagem na direção leste do Rio explorando outras vinícolas e vilarejos menos conhecidos ou fazer uma parada estratégica na volta a cidade do Porto passando uma ou duas noites no hotel Douro41 que é uma delícia!
Seja como for, certifique-se de explorar o Vale do Douro com calma, absorvendo toda a beleza e autenticidade desta região maravilhosa em Portugal. E se tiver outras dicas imperdíveis, por favor volte aqui e compartilhe conosco nos comentários 🙂 Boa viagem!
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